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> O tratamento da ILTB é uma estratégia para prevenção à TB ativa, principalmente, em populações com risco de desenvolver a doença;
> redução da taxa de incidência da doença para o alcance das metas da Estratégia pelo Fim da Tuberculose;
> antes de se efetuar o tratamento da ILTB, deve-se sempre investigar sinais e sintomas clínicos sugestivos de tuberculose ativa;
> no caso de TB ativa, não tratar a ILTB.
É indicado o tratamento da ILTB a partir:
>do resultado da PT ou do IGRA
>da idade;
>da probabilidade de ILTB;
>do risco de adoecimento.
>Recém-nascidos expostos ou na suspeita não devem ser vacinado com BCG .
> É indicado:
-- quando a PT ≥ 5mm ou IGRA positivo – em crianças, independentemente do tempo decorrido da
vacinação por BCG.
>Os IGRAs não são recomendados para crianças < 2 anos de idade (apresentam em mais 10% dos casos resultados indeterminados em menores de 5 anos de idade, principalmente, sob condições imunossupressoras);
> Crianças com morbidades (infecção pelo HIV, pré-transplante de órgãos ou que iniciarão terapia imunossupressora) devem ser avaliadas com PT, mesmo sem história de contato com tuberculose.
> A ILTB nesse grupo, a relação risco-benefício do tratamento com regime de isoniazida deve ser avaliada.
> idade é um dos fatores de risco para hepatoxicidade pela isoniazida, dessa forma, pessoas com ou acima 50 anos, recomenda-se o tratamento da ILTB com rifampicina.
É indicado:
>PT ≥ 5mm ou IGRA positivo:
›› PVHIV (ver especificidades abaixo em item Situações especiais);
›› contatos adultos e adolescentes (≥ 10 anos) (ver capítulo Controle de Contatos);
›› alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB;
›› uso de inibidores do TNF-α (preferencialmente antes da sua utilização);
›› uso de corticosteroides (equivalente a > 15 mg/dia de prednisona por mais de 1 mês); e
›› pré-transplante que fará uso de terapia imunossupressora.
>PT ≥ 10mm ou IGRA positivo:
›› Silicose;
›› neoplasia de cabeça e pescoço, linfomas e outras neoplasias hematológicas;
›› insuficiência renal em diálise;
›› neoplasias com quimioterapia imunossupressora;
›› diabetes mellitus;
›› baixo peso (< 85% do peso ideal);
›› tabagistas (> 20 cigarros/dia); e
›› calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia.
> Conversão (2ª PT com incremento de 10mm em relação à 1ª PT)
›› Contatos de TB confirmada por critério laboratorial;
›› profissional de saúde;
›› profissional de laboratório de micobactéria; e
›› trabalhador do sistema prisional e de instituições de longa permanência.
Tratamento da Infecção Latente pelo
M. tuberculosis (ILTB)
Crianças (< 10 anos de idade) contatos de casos pulmonares
Adultos e adolescentes
> Pessoas vivendo com HIV o rastreamento regular da TB ativa e o tratamento da ILTB constituem a medida de maior impacto para reduzir a morbimortalidade por TB nas PVHIV;
> As PVHIV devem ter prioridade no tratamento da ILTB;
É indicado:
i
>PVHIV com radiografia de tórax normal:
›› contagem de LT-CD4+ ≤ a 350 céls/mm³, independentemente da PT ou IGRA ou quando contagem de CD4 ainda desconhecida;
›› contagem de LT-CD4+ > 350 céls/mm³ com PT ≥ 5mm ou IGRA positivo;
›› contato intradomiciliar ou institucional de pacientes com TB pulmonar ou laríngea, independentemente do resultado da PT ou do IGRA;
›› registro documental de ter tido PT ≥ 5mm ou IGRA positivo e não submetido ao tratamento da ILTB na ocasião.
> PVHIV com radiografia de tórax com cicatriz radiológica de TB, sem tratamento anterior para TB, independentemente do resultado da PT (desde que afastada a possibilidade de TB ativa).
REGIME COM ISONIAZIDA (H)
> H deve ser o esquema preferencial para tratamento da ILTB , considerando a longa experiência da sua utilização no país.
>Exceções às hepatopatas, crianças (< 10 anos de idade), pessoas acima de 50 anos de idade e no caso de intolerância .
DOSE:
>Adultos e adolescentes (≥ 10 anos de idade): 5 a 10 mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 300mg/dia.
> Crianças (< 10 anos de idade): 10 mg/Kg/dia de peso até dose máxima de 300mg/dia.
> Tempo de tratamento: 6 ou 9 meses .
Gestantes
Gestantes
Recomenda-se postergar o tratamento da ILTB para após o parto. Em gestante com infecção pelo HIV, tratar a ILTB após o terceiro mês de gestação.
HIV
REGIME COM RIFAMPICINA (R)
> preferencial em indivíduos com mais de 50 anos de idade, crianças (< 10 anos de idade), hepatopatas, com contatos de monorresistentes à H e intolerância à H.
>contraindicada nas PVHIV em uso de inibidores de protease ou de Dolutegravir, nessas situações preferir a utilização da H.
DOSE::
›> Adultos e adolescentes (> 10 anos de idade): 10 mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 600 mg por dia.
›> Crianças (< 10 anos): 15 (10-20) mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 600 mg por dia.
>Tempo de tratamento: 4 meses.
> recomenda-se a utilização de no mínimo 120 (4 meses), podendo-se prolongar até 6 meses